domingo, 22 de dezembro de 2013

Chicago


Há duas semanas atrás fui para a cidade de Chicago numa excursão com o pessoal da moradia. Foi só um dia, mas deu para ter um feeling do que Chicago tem de bom. 


Eu mesmo não achava que ia curtir tanto a cidade quanto eu curti, porque gosto muito da tranquilidade de Madison, mas Chicago tem um gosto especial. É uma cidade espetacular, típico modelo de metrópole  que vem à cabeça quando se fala de Estados Unidos. Chicago tem o movimento incessável de pessoas e carros na rua; restaurantes, lanchonetes e lojas de todos os tipos e gostos; arranha céus que te fazem sentir em 2050. Um mundo bem diferente e atraente também.


Logo quando se chega na cidade, pela interestadual que liga Minneapolis, Madison e Chicago, a visão dos arranha céus se erguendo é coisa de outro mundo. 

Chegando lá, nosso grupo brasileiro foi procurar o feijão espelhado que é um must-see de Chicago. E realmente não dá pra perder, o trem é doido msm. O formato de feijão cria imagens distorcidas das pessoas e refletem os prédios da cidade como se fossem objeto de uma pintura surrealista.





Em seguida, partimos para uma busca ao SkyDeck, a plataforma de vidro que fica no andar 103 da Willis Tower, o maior prédio de Chicago, segundo dos EUA e oitavo do mundo. Ele é maior que o Empire State Building de Nova York, mas perde para o recém construído One World Trade Center, que veio para subsituir as antigas torres gêmeas.

No caminho, passamos pelas estruturas do clássico metrô aéreo de Chicago, aquele que aparece no Driver 2 para PlayStation 1. Foi emoção demais para mim, kkkk. 


O SkyDeck também foi muito massa. A vista é muito bonita, principalmente na direção do lago Michigan.


Chicago vista do SkyDeck, com o Lago Michigan ao fundo.

 Antes de você ir para o andar onde fica o SkyDeck, eles passam um filme sobre um pouco da história da cidade e da Willis Tower. Chicago foi protagonista de um dos episódios mais trágicos da história do país, o grande incêndio de 1871, quando os prédios, em sua maioria de arquitetura baseada em madeira, vieram abaixo. Esse episódio causou uma verdadeira revolução arquitetônica na cidade, que largou a madeira e começou a pensar em estruturas de aço. Chicago tornou-se o berço de uma aquitetura super original, e segue influenciando adeptos no mundo todo. 



Ainda deu tempo de pegar o pôr do sol de Chicago e uma uma vista do skyline da cidade. 





Por hoje é só. Feliz natal e que um excelente ano esteja à nossa espera!

Abraço, Lucas.







sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Thanksgiving


Hoje é sobre Thanksgiving! Vou registrar a minha percepção de ter vivido a experiência mais americana possível: um jantar de Ação de Graças na casa de uma família.

O Thanksgiving é celebrado na última quinta-feira de Novembro. É uma data sem cunho religioso, que é tida como um momento para família/amigos se reunirem em prol de seu bem-estar. No dia de Ação de Graças tods deveriam estar com seus parentes, afastando-se da rotina de trabalho para lembrar por que estão agradecidos. 

A família que me recebeu foi o casal Dean e Amy e sua filha Genna, que tem 15 anos. Eles foram muito simpáticos comigo e meu amigo Helder, e em nenhum momento nos sentimos desconfortáveis. A casa deles fica na pequena cidade de Cottage Grove, nos arredores de Madison. É uma vizinhança super agradável e cercada de natureza. Um lugar muito bonito.

A casa é uma casa americana típica, com a porta da garagem dando acesso à cozinha, e a porta da sala para uma pequena varanda. O chão da sala e dos quartos é forrado de carpete, as saídas de ar do aquecimento são bem discretas e ficam no rodapé. Logo na entrada há um cabide para colocar os casacos e um cantinho para deixar os calçados. Eles andam pela casa de meia ou de pantufas. 

A primeira coisa interessante que notei foi que quem buscou a gente foi a mãe e a filha, Amy e Genna, enquanto o pai ficou em casa cozinhando. Ao chegarmos na casa, jogamos um jogo de cartas chamado Apples to Apples, bem legal. Enquanto isso, o Dean estava terminando de assar o peru. 

Depois, a Amy foi ajudar o marido a terminar o dinner e ficamos jogando um jogo de perguntas e respostas com a Genna. A Amy falou para a filha ligar a televisão para a gente assistir, e Genna disse que não iria ligar porque provavelmente estava passando futebol americano, e ela odeia. Depois ela nos contou que fazia artes maciais e conhecia a capoeira brasileira. Ela também é apaixonada por livros... leu durante a viagem toda antes de chegarmos em Cottage Grove e continuou lendo mais tarde depois do jantar.

Chegou a hora do jantar. Além do tradicional peru, no cardápio tinha purê de batata (acompanhado de um molho chamado Gravy), um molho de milho com crackers, uma comida parecida com farofa, bastante salada, purê de batata doce e um molho de Raspberry, que é uma amora vermelha. Estava muito bom! E ainda teve sobremesa, que foi torta de Abóbora e torta de Blueberry. 

Depois da janta conversamos muito sobre várias coisas: nosso intercâmbio, o inverno de Wisconsin, e até sobre política e o sistema de saúde no Brasil e nos EUA. O que mais me deixou surpreso foi a insatisfação deles com a política. Segundo Dean, tudo atualmente roda em torno de dinheiro, e os valores da Primeira Constituição Americana já foram esquecidos há muito tempo. Ele ainda se diz revoltado com o fato de o país gastar muitos recursos com guerra, ao invés de cuidar de sua gente. Amy também não pensa diferente, disse que os congressistas legislam de acordo com os interesses dos grandes empresários. Citaram também o fato de a mídia americana ser controlada por apenas três grandes empresas e que, portanto, o que passa no jornal é apenas o que elas querem noticiar. Fiquei muito contente em ouvir tais opiniões e derrubar mais um mito de que os americanos não sabem criticar o que vêem na televisão e acreditam fielmente em seus governantes. Não é assim.

Já estava ficando tarde, mais de 8 da noite, e era hora de ir embora. O Dean se dispôs a acompanhar a Amy, que iria nos levar de volta de carro. Na foto aí embaixo ele aparece segurando o calçado que ele iria vestir para sair com a gente. A Genna estava no quarto dela e já de pijama, e não quis tirar foto com a gente. Voltamos por um caminho diferente, passando por várias fazendas de milho e fábricas de laticínios. E assim terminou uma das experiências mais sensacionais da minha vida. :D


Abraço,
Lucas

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Neve!

A primeira neve da minha vida foi na segunda feira passada. Quando gravei o vídeo estava nevando pouco, mas já ao sair de casa começou a ventar e a nevar mais forte. Tomei muita neve na cara. A neve é extremente leve, parece um aglomerado de bloquinhos de gelo bem pequenos, então o vento leva muito mais fácil que chuva. 


A neve da segunda foi só um aperitivo, não deixou nada branco. Depois, na sexta-feira passada, nevou de madrugada e quando acordei me deparei com esta vista:

                       

Até esbranquiçou a calçada, mas logo derreteu. Neve de verdade foi de ontem pra hoje. Já tinha visto na previsão que iria nevar a madrugada inteira, mas não imaginava que no outro dia ia ficar tudo branco! É muito bonito mesmo. 

                   

                                         

    


                                       





Andar na neve fofa também é bem legal. Afunda como se fosse espuma, mas com uma textura que é difícil de explicar... só pisando pra saber kkk. 



Jogo de basquete



Vale a pena reservar um espaço aqui para o jogo de basquete de sábado. De última hora, como sempre, eu e mais três amigos compramos o ingresso para o jogo de basketball. Uma coisa comum aqui é o pessoal que vende ingresso na porta dos estádios. Não são cambistas, acredite. Eles vendem a um preço relativamente mais caro do que se vc tivesse comprado com antecedência, mas mesmo assim é justo. Nessa hora tava fazendo um frio de -9C, e o que eu mais queria era entrar naquele estádio de uma vez.


Entramos. O estádio é de primeiríssima qualidade, o único ponto negativo é o preço da comida. Isso mesmo, não é só no Brasil que o torcedor é explorado não... Acabei pegando um "cachorro-quente", isto é, um saboroso pão com salsicha (sem molho).



O jogo foi massa, e nem precisa falar que ganhamos. Assim como o futebol americano, ele vai além do própria partida. No início, os jogadores são apresentados à torcida, um por um, com show pirotécnico e tudo. Nos intervalos de timeout e entre as duas metades da partida (no basquete universitário o jogo é disputado em dois tempos de 20 minutos) várias apresentações acontecem, variando de concurso infantil de enterradas, performance das cheerleaders e amadores tentando fazer cesta de 3 pontos em troca de 400 dólares kkk.


O ingresso que a gente comprou era para a parte de cima do estádio, um pouco longe da quadra. Mas logo quando chegamos reparamos que na seção do meio do estádio haviam vários lugares vazios, e não tinha ninguém conferindo ingresso por lá. Então, acabado o primeiro tempo, descemos para seção do meio e por lá ficamos até o final. 

Aquecimento

Na seção do meio

Apresentação dos jogadores



É isso aí. Botei uma outra aba no blog (mais uma) com os vídeos de passeio de bike. Até mais.



Abraço, Lucas.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Outono e passeio de bike

Oi! 

Vou ser breve. O inverno tá chegando e eu, muito esperto, comprei uma bicicleta. Afinal, quem não anima andar de bike a -30C? Kkk. 

Resolvi comprar porque percebi que não vai dar pra andar por um bom tempo. Então, gravei um vídeo para mostrar a paisagem da cidades nesses últimos dias. É bacana sair de casa e notar que as árvores tem cada vez menos folhas. E as ruas ficam muito bonitas com o tapete amarelo no chão, principalmente quando dá sol.


A filmagem não ficou lá essas coisas porque não tenho suporte para câmera, mas está até bom para a primeira vez.




Até mais,
Lucas.


segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Football game!



É meus amigos, o tempo voa por aqui hahaha (sempre a mesma desculpa). Nessa semana completei um mês de estadia na América e finalmente farei um post contando que fui num jogo de football !


Isso mesmo, aqui chama futebol, não futebol americano. E o foot no football não tem nada a ver com se jogar com o pé, mas com o tamanho da bola. Ela tem exatamente 30.48 centimetros de comprimento, a medida de um foot. Impressionante né?

O jogo foi massa demais! Para começar eu não acreditava que ia ter ingresso meia hora antes do jogo e a ideia era achar alguém vendendo na rua. Só que não deu muito certo... éramos um grupo de quatro pessoas e o máximo que achamos foi um cara vendendo um ingresso só. Mas o calor do jogo se aproximando e a galera caminhando pro estádio fizeram a gente ir na bilheteria mesmo e pagar 55 bucks no ingresso. Pesado... mas, imitando minha mãe, jogo dos Badgers é uma vez na vida outra na morte, então vale a pena pagar.

E valeu mesmo. O jogo não é só um jogo de futebol, é um verdadeiro espetáculo onde os atores são os jogadores, a torcida, a bandinha, as cheerleaders (bota espetáculo!) e os convidados que entram no campo durante os intervalos entre um quarto e outro para receber homenagens. Durante o intervalo entre o segundo e terceiro quartos, que corresponde ao fim da metade do jogo, a marching band entra no campo para fazer uma apresentação. A desse dia tinha como tema os filmes de James Bond, o 007. Veja que bacana (não esqueça de botar em HD na barrinha do You Tube!):

UW Marching Band


Cheerleaders


É uma tradição da comunidade badger todo jogo de futebol ter um momento chamado Jump Around. Nessa hora começa a tocar um som bem conhecido de todos e o estádio inteiro (inteiro = todos sem exceção) começa a pular. Até mesmo os radialistas começam a pular. Resumindo, a não ser que vc seja de gelo, não tem como não pular.

Jump around!:

Musica do jump around:


Outra tradição engraçada é quando o narrador (o estádio tem um narrador que não cala a boca um segundo) anuncia a primeira tentativa de avanço do time de Wisconsin. Ele diz: First and teeeen Wisconsin!, o que significa: a primeira tentativa para avançar as 10 jardas. Nesse momento, não me pergunte por quê, se ouve um eco no estádio: First and teeeen Wisconsin! É um eco sutil e quase imperceptível, mas sempre tem.

E ainda não posso esquecer de um outro costume, que é o de cantar a música Build me up Buttercup quase no final do jogo. A música não tem nada a ver com futebol, mas é muito catchy, ou seja, se você ouvir não vai parar de cantar. Ainda mais porque lembra bastante o estilo dos Beatles.



Bom, vou ficando por aqui. O leitor atento já deve ter notado uma nova aba no blog. 
Que tal passar lá depois e ver as fotos?!

Até logo!
See ya! 
Lucas

domingo, 15 de setembro de 2013

Where is home to you?

Quase duas semanas depois, estou de volta. Muita coisa aconteceu e pouco tempo tive pra sentar e escrever no blog. Parece mentira, mas o tempo parece passar mais rápido por aqui, hahah.

PRIMEIRA SEMANA DE AULA


A primeira semana de aula foi tranquila, nos primeiros dias aconteceram aqueles procedimentos de entrega de ementa , falação sobre o conteúdo das aulas, e matéria. Posso dizer que gostei muito dos professores. Graças a Deus todos eles dão aula muito bem, nos mantem interessados e não ficam só lendo slides. Os alunos são interessados também, e não se ouve conversa durante as aulas, apesar de as carteiras serem assim:


A primeira semana também foi um pouco conturbada porque tive que sair de algumas matérias, entrar em outras, descobrir que não tinha lugar pra mim e entrar em outra de novo. Acabei pegando uma aula de Francês para balancear outras matérias, o que até foi muito bom porque na minha sala tem americanos, uma australiana que é uma gracinha, e só eu de brasileiro!

HOMEWORKS!

Pelo menos por enquanto, ir pra aula aqui é muito bom. Em geral, elas não duram mais de 50 minutos ou 1 hora e pouco, e isso faz uma diferença enorme. Já até esqueci dos tempos em que eu tinha que aguentar o Luiz T por 3 horários de 50 minutos! 

Só que enquanto a carga de aulas é menor, aqui tem muito homework (para-casa).  E isso consome grande parte do tempo livre que tenho justamente por ter menos aulas hahah. Mas acho beem melhor assim.

AMERICAN THIGHS

Até uns dias atrás estava bem quente por aqui, chegando até uns 30ºC. E o que foi impossível não reparar foi nas meninas. Shortinho é quase lei a uma temperatura dessas. E eu que agradeço, ahhaa!

Mas aí começou a esfriar... e já chegou a uns 7ºC. The winter is coming! A parte boa é que nem precisa ligar ar condicionado mais, é só abrir a janela hehehe.

HAMBURGUERS DE UM DÓLAR

Até quinta passada eu e o restante do pessoal do Csf tivemos um problema com o Red Card, o cartão que serve pra almoçar e fazer compras num supermercado muito bom que tem aqui. Resumindo, não tinha caído dinheiro no cartão e portanto tínhamos que gastar nossas economias pra comer. 

Eis que surgiu a solução para nossos problemas: hamburguers de um dólar no Mc Donald's. Se ainda não compensa, tem outra opção para os brasileiros espertinhos: dá pra pedir água (que é de graça), ganhar um copo que supostamente era para água e "sem querer" esbarrar no refil de limonada, que fica no msm lugar da água haha. Brincadeiras à parte, não fiz isso... aliás... só uma vez kkkk.

"Mas assim vc vai voltar gordo pra cá blablabla". Calma mãe e Larissa, tô firme e forte na academia! Não ir pra lá é quase pecado, já que é da universidade e é de graça para os alunos, tem todos os equipamentos que eu usava no Brasil e mais uns trezentos que nunca vi. Ah como eu amo esse país!

Mas finalmente, na quinta feira, o dinheiro caiu. Adeus almoço de Mc Double e Mc Chicken! Agora é só comida mexicana apimentada no Qdoba, asinha de frango sem osso no Bufalo Wings, ou sei lá o que, vou descobrir! Quem sabe até cozinhar no fim de semana?

UNDERAGE

No final de semana saí com o pessoal para a State Street e comemos pizza num lugar que aceita Red Card. Agora é assim, aceitar Red Card é o requisito número 1 hahah. Depois passamos por uns bares onde estava rolando um som bom, mas aí tive minha primeira decepção nessa terra. Menores de 21 não entram.

Cheguei até a perguntar o segurança, obviamente recebi um NÃO e, dizem meus amigos, minha cara de decepção foi a melhor.

APRENDIZADO DE HOJE

Por fim, para terminar, a lição de hoje. Semana passada teve uma feira de organizações estudantis da universidade. Muito legal! Ela aconteceu no Kohl Center e era muito grande! Qualquer coisa que você pensar sobre grupo de estudantes... tinha lá. Essa feira era principalmente voltada para os calouros, que estão chegando agora e precisam de uma nova VIDA, e não só de um curso na universidade. 

Mas citei a feira porque lá inscrevi meu email em um tanto de coisa, às vezes só porque ficava sem graça de ouvir explicações sobre os grupos e não botar meus dados, e entre elas foi uma comunidade cristã chamada Pres House. Eis que me mandaram um email chamando para tomar sorvete no domingo (sorvete aqui é igual pizza, sempre é hora pra tomar/comer) e assistir uma celebração. 

Fui lá e foi bacana. A celebração não tinha padre ou pastor, foi um misto de músicas religiosas, uma fala interessante sobre a importância de se ter expectativas e sobre o que é ser cristão. No final ainda teve uma janta e conversas. Numa delas uma moça me pergunta "Where is home to you?". Na hora pareceu muito filosófica essa pergunta, tipo "Onde é lar para você?". Cheguei a pensar em responder que lar é onde você se sente parte do lugar, onde você encontra abrigo e etc. Resolvi não arriscar e perguntei o que ela queria dizer com essa pergunta. Então ela encolheu os ombros e perguntou de novo: "De onde você é?". Aí sim, "Sou do Brasil". 

Até a próxima,
Lucas.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Primeira semana

Como foi minha primeira semana, resolvi fazer um resumo do que aconteceu em cada dia até ontem. Peço ao leitor que não se acostume, pois isso é um trabalho muito árduo e demorado.

Dia 27

Logo quando se entra no avião da American Airlines, a sensação é de que você já está nos EUA. A tripulação é em sua maioria americana e conversa em inglês. Em caso de necessidade e nas instruções sobre segurança se fala português. O lanche foi muito bom, uma janta completa com sobremesa e tudo. Não esperava isso.

O restante do vôo até Miami foi muito cansativo, principalmente devido ao fato de o assento "inclinável" inclinar praticamente nada. Em Miami cumpri os procedimentos de imigração, muito tranquilos. Perguntaram onde era meu destino final e o quê iria estudar. Eu estava tão lerdo que nem percebi que isso já era a imigração e achei que era só um procedimento pré-entrevista. Respondi as perguntas e depois caiu a minha ficha.

De Chicago para Madison voamos num teco-teco que tinha duas cadeiras de um lado e uma do outro. Em pé, minha cabeça batia no teto do avião. No caminho o que se vê são fazendas de um verde bastante intenso, e nada de cidade. 25 minutos depois aterrissamos em Madison. Pegamos o táxi para o apartamento e apreciamos a vista. Passamos por ruas e casas muito bonitas e bem cuidadas, no estilo americano. 

Chegando no Regent, a moradia, fomos recepcionados por uma galera mto gente fina, que explicou algumas coisas e desejou boas vindas. Tiramos uma foto com o Bucky, o texugo mascote da UW, mas não tenho ela comigo. 

Mais tarde juntou uma galera e fomos pro Walmart. Que dia! Compramos um bocado de coisas por lá e depois tivemos a brilhante ideia de passar na loja da Best Buy, para olhar eletrônicos. O problema é que já tínhamos muita coisa para carregar. A caminhada entre as duas lojas foi pesada e o jeito foi parar pra descansar a cada cinco minutos, praticamente. Depois de muito custo chegamos lá e o pessoal comprou uns roteadores. Eu não comprei nada porque já tinha trago um. Pedimos o atendimento da loja pra chamar um táxi, daí voltamos pro Regent.

Dia 28

Para esse dia estava planejado um passeio para o Devil's Lake, um lago a uns quarenta minutos de carro de Madison. A estrada pra lá é muito legal, tem várias fazendas de milho no caminho e plantações a perder de vista. Lá no lago a gente participou de uns jogos em grupo, fizemos caminhada e nadamos. Deu pra conhecer um pessoal do Regent, tanto brasileiros quanto outros estudantes internacionais. Mais tarde, fomos para o Union South pegar nosso Wiscard, cartão dos estudantes da UW, que nos dá direito a pegar o Bus Pass, isto é, cartão para andar de graça no busão. Táxi nunca mais!

Já com o Bus Pass em mãos, eu, o Marcus e o Antônio fomos para um shopping tentar achar celular pra comprar. Não deu. Aqui o preço fica muito barato, desde que você pegue um plano de dois anos com uma operadora. A gente queria desbloqueado, que fica muito mais caro, aí não rolou. O jeito vai ser comprar online. 

Achamos um KFC e comemos lá. Eu arrisquei pegar o refri Dr. Pepper, porque já tinha ouvido falar, mas foi uma péssima ideia. O refri é de cereja e tem gosto de remédio. Como o refri é vendido em refil por aqui, acabei jogando meio copo fora e peguei Pepsi. Voltamos para o Regent e deu tempo de pegar o evento de sorvete.

Dia 29 

Nesse dia aconteceu a palestra de orientação. Foi bem longo e cansativo, mas bacana. Tinha café com leite pra tomar, e peguei um pouco. O café aqui é fraco, com gosto um pouco aguado, mas dá pra tomar. Depois da primeira rodada de palestras ganhamos almoço de graça, quero dizer, sanduíche e salgadinho. Mas até estava saudável... o meu lanche era um pão sírio recheado com frango e salada. Tinha também um macarrão de aspecto pouco convidativo, misturado com umas verduras tipo vagem e pepino. Não comi.  
Quando acabaram as palestras deu pra ir na Best Buy e comprar uma câmera. Gostei bastante!

Dia 30

Nesse dia teve o passeio no capitólio. Mais tarde fomos eu, Marcos e o Alberto em uma gincana de estudantes internacionais, onde tínhamos que visitar vários pontos da cidade para cumprir alguma tarefa. Cada um de nós ficou em um grupo diferente. Foi muito bacana, deu pra trocar ideia com gente do mundo todo e formar um mapa da cidade na cabeça. O dia estava muito quente, então paramos pra tomar sorvete na Dairy Store. Por fim, a gincana terminou numa recepção de estudantes internacionais onde tinha limonada gelada. Aí sim!



Dia 31

Sábado. Acordei com uma banda tocando tambor debaixo da minha janela. Lembrei que ia ter jogo de futebol americano entre Wisconsin e UMass. Juntei com um pessoal e assistimos o jogo no Union South. 



Os badgers venceram por 45 a 0! Terminado o jogo, demos uma volta no lago, tomamos sorvete e voltamos. À noite deu pra comer arroz e feijão num restaurante mexicano. Estava gostoso, mas apimentado. 






Dia 1 

Hoje de manhã fui malhar na academia da moradia e depois fomos num restaurante brasileiro. Só que não tinha arroz e feijão. Pelo menos deu pra comer carne, salada e batata apimentada. Quando voltei pro apartamento encontrei meu roommate americano arrumando as coisas dele junto com a família. Cumprimentei o pessoal, conversamos um pouco e ofereci ajuda. 

Agora o apartamento tá cheio de coisa! Tem até TV, cafeteira e abajur na sala. Em breve posto fotos do dorm.

Mais fotos no meu facebook.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Descomplicando Madison


E aí pessoal, tudo bem?

Faltam poucas horas para o meu embarque e para amenizar a ansiedade estou escrevendo esse texto.



Antes de qualquer coisa, seria mais sensato explicar o título do blog. Mad City é um dos apelidos da cidade de Madison, para a qual estou indo. Esse apelido remete a "cidade louca/maluca/insana", enquanto que a parte Going mad significa "enlouquecendo", "perdendo a razão". Então, juntando tudo, o título se traduz em alguma coisa parecida com "enlouquecendo na cidade maluca". Foi obviamente uma tentativa de ser criativo e espero que tenha dado certo.

Madison é a capital do estado de Wisconsin (lê-se: médiçon é a capital do estado de uiscânsin). O estado faz parte da região centro-oeste dos EUA, também chamada de meio-oeste, e é banhado pelos Grandes Lagos, que são verdadeiros "mares de água doce".


Veja mais em Centro-Oeste dos EUA.

Alguns dados de Madison:

População: ~ 240 mil habitantes, dentre os quais 42 mil estudam ou trabalham na UW-Madison, onde irei estudar.


Hidrografia:  É rodeada pelos lagos Mendota, Monoma, Waubesa e Kengonsa. Mais de 18% da área da cidade é água. Não é à tóa que ela é chamada de "The city of four lakes" (A cidade dos quatro lagos).

Veja mais em Madison-WI

Educação: Madison foi classificada pela revista Forbes, em 2003, como a cidade americana com o maior número de Ph.D's per capita (quantidade de doutores dividido pela população total). Muito contribui para essa estatística a UW-Madison, que está ranqueada entre as melhores universidades do país. 

Veja mais em UW-Madison.

Economia: O estado de Wisconsin é uma bacia leiteira, sendo o maior produtor nacional de leite e seus derivados, além de líder mundial na produção de queijo. Justamente por isso ganhou o apelido de America's Dairyland. 

Veja mais em Wisconsin.


O estado de Wisconsin tem o apelido de Badger State. Badger é o texugo mostrado na foto aqui embaixo, comumente encontrado nas regiões rurais.


É o que eu sei por enquanto! Vou ficando por aqui porque isso já ficou grande demais. 

Até o próximo capítulo, em solo americano.

Lucas